quinta-feira, 19 de setembro de 2013

ASPECTOS AMBIENTAIS

          Embora a exploração da energia maremotriz não produza nenhuma poluição direta ao meio-ambiente, é importante ressaltar que os efeitos da construção e operação de uma usina maremotriz em um estuário devem ser cuidadosamente avaliados, pois a sua instalação pode modificar algumas características naturais do local. Além disso, as possíveis alterações nas atividades humanas locais também devem ser avaliadas.
     A construção de uma barragem em um estuário pode resultar em efeitos diretos sobre o ecossistema local. Portanto, é importante ressaltar que tais efeitos devem ser considerados tanto no projeto e construção, quanto na operação da usina.
       Alguns dos aspectos que devem ser analisados são as possíveis alterações na qualidade da água, ou seja, alterações nas características químicas da água, tais como oxigenação e salinização; além da própria morfologia do estuário, que pode ser alterada devido às possíveis modificações nos regimes de sedimentação e erosão.
      Possivelmente, um dos principais aspectos ambientais que devem ser verificados está relacionado às alterações no ecossistema do estuário. Estas alterações variam de acordo com o local, entretanto, podem ser formuladas levando-se em consideração os seguintes aspectos [1]: 
• Alterações na distribuição das espécies dentro do estuário;
 
• Alterações na composição do grupo de espécies: algumas podem deixar de existir, enquanto novas espécies podem surgir;
 
• Alterações nos ciclos de vida de algumas espécies: taxas de crescimento e reprodução, por exemplo.
     Embora estes aspectos devam ser cuidadosamente verificados, vale destacar que a intensidade em que estes podem ocorrer, varia de um local para outro. Tomando-se como referência a usina maremotriz de La Rance, observou-se que os impactos mais significativos aconteceram apenas durante a sua construção, onde o fluxo natural do estuário foi interrompido através de ensecadeiras, para a construção a seco da barragem. Após esta etapa, estes impactos foram substancialmente reduzidos. Com relação ao ecossistema do estuário de La Rance, foram observadas algumas modificações ao longo dos anos até que um novo equilíbrio ecológico tenha sido alcançado [8]. Entretanto, estas e La Rance, a utilização de eclusas pode conciliar a usina ao trátráfego de embarcações através do estuário.modificações não causaram prejuízos às atividades pesqueiras na região [3].
        Algumas soluções podem ser adotadas no sentido de amenizar os impactos sócio-ambientais causados pela construção e operação de uma usina maremotriz. A exemplo da construção da usina de Kislaya Guba- Rússia, a utilização de elementos pré-fabricados em terra firme para a construção da barragem torna-se uma solução menos ofensiva ao meio-ambiente do que a utilização de ensecadeiras. Além disso, a exemplo d

Vantagens e Desvantagens

                           Vantagens

- É uma fonte de energia limpa e renovável.
- É uma alternativa para países que por diversos motivos não podem gerar energia elétrica através de outras formas.
  
                Desvantagens

- Necessidade de ter uma situação geográfica favorável, ou seja, presença de marés no litoral e desnível no solo do oceano.
- A implementação do sistema de uma usina maremotriz ainda é caro em relação ao sistema de hidrelétrica. Assim, a relação custo/benefício ainda não é vantajosa para muitos países.
- Pode ocorrer impacto ambiental na implantação do sistema, principalmente com relação ao ecossistema marinho.
- Baixo aproveitamento energético.


    Para a implementação desse sistema, é necessária uma situação geográfica favorável e uma amplitude de maré relativamente grande, que varia de local para local. O Brasil apresenta condições favoráveis à implementação desse sistema em locais como o litoral maranhense, em que a amplitude dos níveis das marés chega a oito metros. Os estados do Pará e do Amapá também apresentam condições favoráveis. Apesar disso ainda não há nenhuma usina maremotriz no Brasil.
   A utilização deste tipo de energia poderá ser uma opção para um futuro bem próximo, porém devem ser levados em conta, neste tipo de empreendimento, os possíveis impactos ambientais associados à construção das usinas, além da necessidade de análise econômica da viabilidade do sistema.


Primeira Usina de energia Maremotriz

      
             
        A primeira usina maremotriz do mundo foi construída em La Rance, na França, em 1966. Hoje, essa forma de geração de energia é utilizada principalmente no Japão, na Inglaterra e no Havaí - mas há usinas maremotrizes em construção ou em fase de planejamento no Canadá, no México, no Reino Unido, nos
 EUA, na Argentina, na Austrália, na Índia, na Coréia e na Rússia.

Energia Maremotriz

      Existem diversas maneiras de se aproveitar a energia proveniente dos oceanos. Assim como a que se origina dos ventos e do sol, a energia vinda das águas dos oceanos - por meio da energia térmica e da energia contida no fluxo das marés, nas correntes marítimas e nas ondas - é classificada como limpa e auto-sustentável.
      A energia maremotriz é uma forma de produção de energia proveniente da movimentação das águas dos oceanos, por meio da utilização da energia contida no movimento de massas de água devido às marés. Dois tipos de energia maremotriz podem ser obtidas: energia cinética das correntes devido às marés; e energia potencial pela diferença de altura entre as marés alta e baixa.
Energia Potencial (pelas variações do nível do mar;)
    Este tipo de aproveitamento da energia das marés é obtido através da construção de diques e reservatórios. Duma maneira muito simples, quando a maré sobe, a água enche o reservatório passando através duma turbina (tipo bulbo) produzindo energia eléctrica. Quando a maré desce, o reservatório é esvaziado, a água sai do reservatório passando novamente pela turbina (em sentido contrário), produzindo novamente energia eléctrica.
Energia Cinética (pelas correntes marítimas.)
     Este tipo de aproveitamento corresponde essencialmente a exploração da energia cinética associada às massas de água movidas pelas correntes marítimas. A técnica utilizada, de uma forma geral, pode ser definida como uma eólica submarina tendo aproximadamente os mesmos princípios bases de funcionamento à diferença que estas utilizam a água para serem movidas.

    O sistema de maremotriz é aquele que aproveita o movimento regular de fluxo do nível do mar (elevação e abaixamento). Funciona de forma semelhante a uma hidrelétrica: uma barragem é construída, formando-se um reservatório junto ao mar; quando a maré enche, a água entra e fica armazenada no reservatório, e, quando baixa, a água sai, movimentando uma turbina diretamente ligada a um sistema de conversão, gerando assim eletricidade.

Intodução

                                               Indrução

        As energias renováveis marinhas, teoricamente exploráveis, são numerosas e variadas.
Quando estamos perante uma exploração com níveis de produção de energia razoáveis, esta
energia eléctrica poderá ser exportável para o solo firme. Na conquista de novas fontes de
energias que não emitem gazes de efeito de estufa, nem contribuem para o agravamento dos
impactos ambientais negativos, as energias marinhas devem desempenhar um papel de
relevo, contribuindo para este objectivo. Portugal tem em toda a sua extensão, a costa
banhada pelo oceano atlântico, tendo por isso todo o interesse e condições para recorrer a
estas formas alternativas de energia. Vários países Europeus já se envolveram em projectos
associados a estas energias alternativas e apoiam activamente a I&D bem como a indústria. O
desenvolvimento harmonioso desta “nova” maneira de explorar os mares deve ser feito em
consenso com os outros ocupantes do espaço marítimo. O conhecimento indispensável de
todos os impactos ambientais e sociais só podem ser adquiridos pela experiência com
instalações de projectos-piloto de tamanho significativos.


Definição

                              O que é?


           Também conhecida como energia maremotriz, a energia das marés é aquela gerada a partir do potencial energético contido no fluxo das marés. É uma fonte de energia renovável (não acaba), limpa (não gera poluição) e alternativa.